Beija-Flor ensinou como se faz desfile crítico

Beija-Flor deu uma aula de enredo crítico sem ser partidarizado

A Beija-Flor de Nilópolis encerrou os desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro com chave de ouro. Levando para avenida enredo baseado no livro de “Frankenstein”, que na verdade originou o enredo.

Com o título “Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, Beija-Flor deu uma aula de enredo crítico sem ser partidarizado. A escola de Nilópolis falou de corrupção, abandono do poder público, as consequências desse abandono, de intolerância. Tudo isso com excelente samba que empolgou o público e sem partidarizar a favor de partidos, muito diferente do desfile no dia anterior da Paraíso do Tuiuti, que seu carnavalesco fez uma crítica social enviesada politicamente.

Beija-Flor também se diferenciou da Mangueira. Mostrou que não precisa nomear ou usar a religião de políticos para critica-los de modo sarcástico.

Se os jurados julgarem corretamente, como deve ser, ninguém tira esse carnaval da Beija-Flor. “Ratos e urubus, larguem minha fantasia” ganhou uma companhia na galeria de desfiles monumentais da escola de Nilópolis.

Autor: João Paulo

Meu nome é João Paulo, brasileiro, nordestino. Gosta de futebol, é torcedor do Palmeiras e do Fortaleza. Ama a política, não os políticos, mas é contra a demonização deles.