Na redemocratização até que surgiram alguns partidos de direita, mas hoje não tem um partido que se identifique com esse lado do espectro político.
O PSDB está longe de ser de direita. O Partido da Social Democracia Brasileira foi criado em 25 de junho de 1988, mesmo ano da promulgação da Constituição Federal, por dissidentes do PMDB capitaneados por políticos de São Paulo e Minas Gerais. O partido que tem muitos sociólogos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é de centro-esquerda. Ou, no máximo, de centro-direita. Alguns vão além e dizem que o PSDB é de esquerda mesmo. Não concordo com esses.
Particularmente, vejo PSDB e PT próximos um do outro, mais ao centro e à esquerda. Basta ver como o PSDB perdeu identidade com a ascensão do PT ao governo federal. No lugar de serem rivais desde 1994, os dois partidos poderiam ser tranquilamente aliados. Aliás, combina mais uma aliança PSDB-PT do que uma aliança PT-PMDB, ou PSDB-PMDB.
PDS: foi um partido político de direita fundado em 30 de janeiro de 1980 após o fim do sistema bipartidário em voga durante o Regime Militar no bojo de uma reforma ocorrida durante o governo João Figueiredo – último presidente Militar. De uma dissenção nos seus quadros surgiu o Partido da Frente Liberal (PFL), hoje o atual Democratas (DEM) em meados dos anos 1980. Sucessor da ARENA, o PDS foi extinto em 1993 após seus integrantes aprovarem sua fusão com o PDC para criar o Partido Progressista Reformador (PPR). Posteriormente, em 1995, o PPR mudaria para Partido Progressista Brasileiro (PPB) e, numa nova mudança, se tornaria o Partido Progressista (PP) em 2003.
Democratas e o PP: “netos” da ARENA – são aqueles que poderiam se intitular partidos de direita. Só que os Democratas estão mais próximo da Social Democracia do que de políticas ditas de direita. O PP têm políticos próximos de políticas de direita. Mas, como carrega a palavra “progressista” no nome, está mais para ser de centro-direita.
Portanto, falta um partido genuinamente de direita no espectro político do país que apresente políticas liberais modernas aos eleitores “órfãos” dessa ideologia. É bom para o país que existam todas as ideologias do espectro político, de direita à esquerda, de centro, centro-esquerda, centro-direita e libertários. Quanto mais ideologias, mais debates, maior politização da população e menor risco de o País cair numa ditadura de uma única ideologia, de um partido.